A insistência em manter os juros altos, usando a dívida pública como justificativa, é uma escolha política do Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, que favorece o mercado em detrimento da população e do desenvolvimento do país. Com a Selic em absurdos 10,50% ao ano, o Brasil se tornou um paraíso para especuladores.
Somente em 2023, com o boicote do BC, o governo federal precisou desembolsar R$ 816,2 bilhões em juros. Dinheiro que poderia ser investido na educação, saúde e outras áreas, mas que vai parar nos sofres das organizações financeiras que detêm cerca de 85% dos títulos públicos federais.
Segundo o economista da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Diogo Santos, a justificativa de que a alta dívida pública exige juros elevados é falaciosa. Na prática, a taxa de juros elevada é uma ferramenta de redistribuição de renda que favorece os agentes financeiros em prejuízo do desenvolvimento econômico e da população brasileira.
