AFBNB denuncia assédio moral, cobra medidas e responsabilizações

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Na tarde desta quinta-feira (11) a AFBNB encaminhou a diversas instâncias do Banco documento em que se refere às graves denúncias de assédio moral no BNB, notadamente no Estado da Bahia.  No ofício, a entidade cobra providências e a responsabilização para o caso. No texto, a Associação reafirma ainda que tal prática não condiz com a democracia e com as boas práticas preconizadas pelo Banco.

Leia o documento na íntegra.

Fortaleza-CE, 11 de julho 2024.

Ao Senhor
Paulo Câmara
Presidente
Banco do Nordeste do Brasil
Nesta

Assunto: Assédio Moral / Adoecimento CONAJ-Salvador BA

Prezado Presidente,

Trazemos ao vosso conhecimento uma realidade lamentável, de assédio moral, que vem ocorrendo no BNB. Referida prática, conforme relatos e constatação in loco, tem sido recorrente em várias áreas do BNB. Em específico neste, fazemos referência a uma situação do gênero no CONAJ-Salvador (BA), em que se observa situações de desqualificação de trabalhadores, desrespeito, inobservância aos processos específicos de trabalho, desvalorização pública do Domicílio Jurídico, entre outros fatos. Referida situação é ainda agravada por prática antissindical, afetando também representantes do Sindicato local e da AFBNB.

Diversas denúncias atestam a degradação contínua do clima organizacional da unidade. Segundo os trabalhadores as relações interpessoais e processos de trabalho tem se tornado insuportáveis, além do estabelecimento de um ambiente insalubre do ponto de vista da saúde mental e da desagregação da equipe. Este cenário tem acarretado como consequência, o que é por demais preocupante, quadros de depressão, adoecimento, desmotivação e afastamento de colegas do ambiente de trabalho.

Funcionários informam que tal situação já foi levada às instâncias locais competentes do BNB, com diversas tratativas já feitas e levadas ao conhecimento da Superintendência da área. No entanto, nenhuma medida foi tomada até o momento no sentido de estancar esta temeridade. Muito pelo contrário! Mais relatos recentes dão conta da intensificação das práticas maléficas, com provas fáticas, a exemplo de mensagens por e-mails, vídeos e inclusive por funcionários que se habilitam a dar testemunho do que se pode caracterizar como assédio moral de natureza grave. 

Para a AFBNB essa é uma prática absolutamente temerária, que não corresponde com a trajetória do BNB, com as boas práticas de pessoal e que expõe o Banco a riscos, com impacto na segurança do trabalho, no comprometimento do resultado e nos processos de trabalho. Citada postura não condiz ainda com a retórica do Banco de equidade, ética, respeito, tampouco com o ambiente democrático que lutamos bravamente para construir em nosso país. 

Diante disso, solicitamos de Vossa Senhoria que sejam adotadas as medidas que o caso requer, devendo ainda serem observadas as regras insculpidas nos art. 30, IV, art. 31, XIV e XVII e art. 40, II, além de todos os princípios do Código de Conduta Ética e Integridade do BNB, além daqueles inscritos no Acordo Coletivo de Trabalho Aditivo para Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho, cláusula quarta, letras “a”, “b” e “c”.

Sem mais para o momento e certos de sermos atendidos, aguardamos o retorno.

Atenciosamente,

Rita Josina Feitosa da Silva
Diretora-Presidente

Com cópia para a Diretoria do Banco, Superintendência Jurídica, Superintendência Estadual da Bahia, Comissão de Ética, Comitê de Riscos e de Capital e Associação dos Advogados do BNB

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