AFBNB pauta assédio moral junto à direção do BNB

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No intuito de aprofundar a discussão e cobrar soluções imediatas acerca da denúncia de práticas de assédio moral ocorridas na área jurídica do Banco (Conaj Salvador – veja aqui), na manhã do último dia 25/7, a AFBNB se reuniu com a gestão das áreas jurídica e de Recursos Humanos do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Sobre a questão, os representantes do Banco enfatizaram um processo de mudança ocorrido na área, o qual provocou reação de funcionários por discordarem. A Diretora-Presidente Rita Josina, destacou que não se trata de uma mudança, conforme os relatos, mas sim de atitudes não recomendadas que têm gerado intranquilidade, desconforto e adoecimento no ambiente de trabalho. Para além disso, pontuou que a situação não se restringe a um único ambiente, mas a uma situação recorrente em diversos setores do Banco e que é urgente enfrentamento e medidas de reversão, sob pena de vir a ser uma prática generalizada.

O Banco informou que as instâncias devidas estão atentas e que tem procurado melhorar os processos a fim de possibilitar que os espaços de denúncia e apuração sejam fortalecidos. Além disso, informou que estão organizando um programa de saúde mental e uma pesquisa de clima organizacional, cujas finalidades são conhecer a realidade e agir de maneira focada nos problemas identificados tanto coletivos como individuais.

Os dirigentes da AFBNB pontuaram que há uma distância entre o que é planejado na direção geral e o que ocorre na prática nas diversas localidades, como é o caso em questão, por exemplo.  A afirmação do Banco de que não aceita a prática de assédio, não condiz com a realidade pelas razões já postas, sustentaram os dirigentes da AFBNB.

Na oportunidade, por remeter também aos Recursos Humanos, a Associação ainda enfatizou a precariedade do Plano de Cargos e Remuneração (PCR) e como isso afeta o clima organizacional, com trabalhadores disputando entre si e se submetendo a qualquer coisa por uma função, o que coloca em risco o próprio Banco.

Nesse sentido, a AFBNB reforçou o diferencial do Banco do Nordeste em relação ao mercado, passando pela natureza dos recursos (públicos) e a sua missão.  Dessa forma, a instituição não deve se pautar pela lógica do mercado – a maximização do lucro pelo lucro, o que passa pela política justa e humana nas relações de trabalho, para se ter um ambiente saudável, a fim de permitir o bom andamento dos negócios.

Dialogar sobre as dificuldades do Banco na perspectiva da superação dos problemas é sempre positivo. No caso específico, foi mais uma oportunidade de a AFBNB reiterar seu entendimento quanto à gravidade desse problema que tem adoecido o trabalhador e ganhado espaço no Banco. “Infelizmente não se trata de novidade. A Associação já deu o alerta há tempos, inclusive com exemplos. Não cabe à AFBNB apontar culpados ou pedir a cabeça de ninguém, mas sim cobrar do Banco que reconheça a existência do problema e aja de maneira exemplar para solucioná-lo, revendo seus processos internos, ouvindo a base, acompanhando de perto os gestores”, concluiu Rita.

Participaram da reunião pela AFBNB os diretores e conselheiros fiscais Rita Josina Feitosa, Assis Araújo, Dorisval de Lima, Valéria Silva, Henrique Moreira e Francisco Ribeiro (Chicão).

AFBNB Firme na Luta!

1 COMENTÁRIO

  1. AFBNB cuidando do melhor capital (humano) da empresa BNB.
    Quando será que a empresa vai ter o mesmo cuidado?

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