Sudene apresenta plano regional e instrumentos de financiamento para empresários alemães

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Há espaço para ampliação da cooperação Brasil-Alemanha, especialmente para a atração de investimentos para o Nordeste
Sudene apresenta plano regional e instrumentos de financiamento para empresários alemães

Reunião tratou sobre oportunidades de investimentos no Nordeste. Foto: Eudes Benício/ Governo da Bahia

Berlim (Alemanha) – Mais do que oportunidades, o Nordeste brasileiro oferece as condições e os mecanismos necessários para a atração de investimentos internacionais.Esta foi a mensagem deixada pelos representantes da região na missão internacional da Sudene, Consórcio Nordeste e ApexBrasil para empresários e investidores alemães. Durante as reuniões desta sexta-feira (17), foram apresentadas as potencialidades da região, incluindo para a transição energética e a indústria verde, bem como os instrumentos de fomento do desenvolvimento regional.

“A parceria sólida entre Brasil e Alemanha vai voltar a ter vigor. Hoje o comércio entre os dois países é 30% inferior ao que era há 10 anos e temos muito potencial para ampliar esse cenário”, destacou o embaixador brasileiro na Alemanha, Roberto Jaguaribe, no segundo dia da visita da missão ao país. Ele apontou a Sudene como a instituição que detém conhecimento das potencialidades da Região e instrumentos robustos de financiamento e incentivos fiscais.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, afirmou que os desafios existentes no Nordeste estão consignados no Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), elaborado pela Autarquia a partir de diálogo com todos os entes federados e a sociedade, que apontam quais serão nossas prioridades para os próximos quatro anos. “O Nordeste brasileiro é uma região de oportunidades. Nós temos um plano, determinação e instrumentos de financiamento”, reforçou durante sua participação.

Danilo Cabral elencou os investimentos realizados a partir da execução de R$ 44 bilhões dos fundos regionais em 2023. “São recursos garantidos na Constituição brasileira e distribuídos de forma isonômica nos estados da região. Além disso, temos o Novo PAC que destinou 40% dos investimentos para o Nordeste, com uma série de oportunidades para os investidores, como a reestruturação da malha ferroviária da região”, comentou.

A transição energética é apontada como uma das oportunidades para o aumento da cooperação Brasil-Alemanha. A presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte, ressaltou que os governadores da região, o governo federal e os bancos de fomento, como BNDES e BNB, trabalham em sinergia. “Estamos alinhados com a Nova Política Industrial do país e o Plano Nacional de Transição Ecológica. O Nordeste não quer ser somente um exportador de energia, quer se industrializar”, frisou. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, acrescentou: “Como disse o presidente Lula, essa cooperação deve ser em todas as frentes, desde matérias-primas, mas principalmente em produtos industrializados de maior valor agregado”.

Após a reunião com os empresários e investidores, a missão esteve na Chancelaria Federal. No encontro, foi confirmada uma missão da Alemanha ao Brasil no segundo semestre deste ano. Foi solicitada a inclusão do Nordeste na visita, demanda bem-recebida pelo governo alemão.

Os integrantes da missão começaram o dia numa visita ao Instituto Fraunhofer IPK, um dos 76 membros da Sociedade Fraunhofer para conhecer os projetos que vêm sendo desenvolvidos pela instituição com o Brasil e outros países. Em seguida, estiveram no DIHK (Confederação Alemã das Câmaras de Comércio e Indústria), onde se reuniram com empresários. O presidente da entidade, Ingo Kramer, falou sobre o interesse em conhecer o Nordeste na sua próxima viagem ao Brasil.

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